Em Julho de 2002, a APFIPP (então designada APFIN) iniciou a elaboração de um Índice que pretendia desempenhar a função de benchmark e constituir uma referência para a performance do mercado português dos Organismos de Investimento Imobiliário (OII), que não existia até então.
O Índice foi construído seguindo a metodologia dos índices de preços de Laspeyres e tendo como constituintes o conjunto de OII que, à data, era incluído no Boletim de Medidas de Rendibilidade e Risco, divulgado pela Associação.
Apesar do reduzido número de constituintes do Índice, a dimensão e características dos mesmos dava garantias de uma adequada aderência do desempenho desse índice à performance do mercado de OII como um todo e, indirectamente, à do próprio mercado imobiliário nacional.
Com os novos desenvolvimentos legislativos que ocorreram desde essa altura, o número de OII em actividade aumentou exponencialmente (de 45, em Junho de 2002, passou para 233, no final de 2022), mas a composição do índice não acompanhou essa evolução, pelo que a sua representatividade e, consequentemente, a capacidade de reflectir adequadamente o desempenho do sector dos OII vinha ficando cada vez mais prejudicada.
Neste contexto, a APFIPP entendeu proceder à revisão do seu Índice Imobiliário, designadamente no que respeita aos critérios a verificar pelos Fundos que o integram, de modo a assegurar uma melhor adequação do Índice enquanto referência para a performance dos OII nacionais.
Apesar de se ter mantido a metodologia de cálculo do Índice, a alteração das regras de inclusão, da qual resultou um alargamento da lista de constituintes, justificou que se abandonasse o Índice Imobiliário APFIPP que vinha sendo elaborado, e o respectivo histórico, e que o mesmo fosse substituído por um novo Índice, com base nas novas regras de composição.
De acordo com os novos critérios de inclusão, abaixo expostos, e a partir da informação relativa a Dezembro de 2022, foram identificados 65 OII para integrar o (novo) Índice Imobiliário APFIPP, que representavam 60,87% do montante geridos por OII, na mesma data.
Foi, ainda, construído um histórico de 10 anos, tendo por subjacente esses mesmos 65 OII e a verificação anual do cumprimento dos critérios de inclusão. Possibilita-se, desta forma, que os utilizadores desta informação mantenham o acesso a dados sobre rendibilidade histórica do (novo) Índice Imobiliário APFIPP.
Com o alargamento dos OII que constituem o Índice, entendeu-se, igualmente, relevar e desagregar ao nível dos sub-Índices, os Fundos Fechados de Arrendamento dos Fundos Fechados de Desenvolvimento, pelo que passam a existir 3 sub-índices, em vez dos 2 que existiam com o Índice antigo.